Mais de 45 mil pessoas devem lidar com o câncer de intestino em 2023, segundo projeção do Instituto Nacional do Câncer (Inca) - órgão ligado ao Ministério da Saúde. O assunto ganhou ainda mais evidência em janeiro, quando a cantora Preta Gil anunciou que havia sido diagnosticada com a doença. O câncer de intestino ou colorretal é um tumor maligno que se desenvolve no intestino grosso, especialmente nas regiões do cólon e do reto, região onde é formado o conteúdo fecal. O seu diagnóstico precoce, feito geralmente com exames de imagem, aumenta as chances de cura da doença.
O principal exame que ajuda na prevenção do câncer de intestino é a colonoscopia. Esse é um exame de endoscopia, onde o aparelho é introduzido através do reto do paciente até a parte alta do intestino, permitindo ao médico a detecção de pequenas lesões, chamadas de pólipos. Cerca de 90% dos casos de câncer de intestino surgem a partir dessas lesões.
A colonoscopia deve ser feita a cada 5 anos, a partir dos 45 anos, de maneira preventiva. “Aqui no Brasil adotamos essa idade para os casos de rastreamento e prevenção do câncer de intestino. Porém, pacientes que possuam casos clínicos na família devem iniciar esse rastreamento 10 anos antes”, alerta o gastroenterologista Fábio Teixeira.
Outro exame de imagem muito importante para a detecção deste tipo de câncer é a tomografia do abdômen. O exame é solicitado quando o paciente já apresenta sintomas da doença. As imagens produzidas nesse exame representam uma espécie de “fatia” da parte do corpo em avaliação. No IHEF Clínica de Imagem, em Feira de Santana, o exame é feito de maneira computadorizado. Desse modo, os resultados são analisados por um computador que cria as imagens com base na densidade de cada órgão e tecido exposto aos raios X.
Câncer de intestino pode ser prevenido
O câncer colorretal é uma patologia que pode ser prevenida. O surgimento dos pólipos no intestino grosso está ligado a alterações degenerativas e de transformação celular, que recebe interferência dos alimentos que ingerimos. Por isso, a prevenção começa ao adotar uma dieta mais saudável e balanceada, com a ingestão de água, fibras e alimentos integrais. Além disso, é preciso evitar gorduras, frituras, comidas ricas em açúcar e alimentos ultraprocessados, como salame, mortadela e calabresa. O consumo de carne vermelha também deve ser regulado e não deve ultrapassar as 500g por semana.
Outras formas de prevenção é adotando um estilo de vida mais saudável, com a prática de exercícios físicos, combate a obesidade e evitar o uso de álcool em excesso ou do cigarro.
“Por ser uma doença silenciosa, o câncer de intestino, muitas vezes, não apresenta sintomas precoce, apresentando sinais apenas quando a lesão já está mais avançada”, explica Fábio. Contudo, é preciso ficar atento também aos sintomas da doença: mudança súbita no ritmo intestinal (entre a diarreia e a prisão de ventre), presença de muco ou sangue nas fezes, dor abdominal, anemia crônica, sensação de distensão abdominal ou perda de peso brusca e sem causa aparente.
O tratamento da patologia depende do grau da doença. Quando o diagnóstico é feito de maneira precoce, na maioria das vezes, o procedimento cirúrgico consegue dar conta do tumor, mas quando ele está em estágio mais invasivo, pode ser necessário a quimioterapia.
“A importância de um mês dedicado a prevenção do câncer de intestino é alertar para o diagnóstico precoce e a adoção de hábitos mais saudáveis. A prevenção primária perpassa pelas nossas escolhas alimentares e do estilo de vida que adotamos desde a nossa infância”, finaliza o especialista.
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