Atualmente, o exame de toque retal é o primeiro que pode indicar alguma alteração e, junto com o exame de sangue (PSA), sugerir uma investigação mais aprofundada, como explica Marcos Vinicius, diretor médico do IHEF Clinica de Imagem. Nessa investigação, um dos procedimentos é a biópsia de próstata, guiada por ultrassonografia. “Nela, o médico vê em tempo real o local onde está sendo aplicada a agulha de biópsia e essa precisão é fundamental”, afirma ele.
Ainda de acordo com Marcos, existe um exame mais recente que também é usado no manejo do paciente com suspeita de câncer de próstata, que é a ressonância multiparamétrica da próstata. “É um tipo de exame de avaliação em que utilizamos alguns parâmetros específicos, que vão ser interpretados dentro de um Protocolo PI-RADS, que é padronizado pelo Colégio Americano de Radiologia. O PI-RADS tem uma graduação de 1 a 5 de acordo com o risco de um tumor prostático clinicamente significativo, desta forma, o urologista pode conduzir o paciente com mais este parâmetro para oferecer o melhor tratamento ao paciente”, explica ele.
Nos pacientes que serão operados por câncer de próstata a ressonância pode ser usada para o estadiamento, analisando a extensão local do tumor, bem como a pesquisa de linfonodos pélvicos comprometidos. Além disto, a ressonância magnética da pelve pode ser realizada nos pacientes que já foram operados e apresentam suspeita de reincidência do tumor na pelve. Todos os exames mencionados são ofertados pelo IHEF Imagens.
Saúde do homem
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a expectativa de vida do homem em 2019 era de 73 anos, enquanto a da mulher era de 80. Entre as principais causas da mortalidade de homens entre 20 e 59 anos estão causas externas (agressões e acidentes de trânsito) totalizando 36,4%, doenças do aparelho circulatório (17,7%), neoplasias (11,9%) e doenças do aparelho respiratório (5%).
Entre as razões pelas quais a mortalidade masculina seja superior à feminina estão: medo de descobrir doenças; não seguir os tratamentos recomendados; não procurar os serviços de saúde; acreditar que não vai adoecer; não praticar atividade física com regularidade; utilizar álcool e outras drogas com maior frequência; não se alimentar adequadamente; entre outros.
Sinais de mudança
Contudo, a negligência com a saúde por parte do homem parece um quadro que está prestes a mudar. De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2018 e 2020, houve um aumento de 50% no número de atendimentos individuais em homens entre 40 a 59 anos. Mesmo durante a pandemia de Covid-19, os atendimentos aumentaram em homens acima dos 20 anos.
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